Os sensitivos ou impressionáveis são médiuns que conseguem captar alguma impressão do mundo espiritual, e está natureza de mediunidade é comum a todos os encarnados, porém, alguns são mais impressionáveis do que outros, conseguem sentir até a intenção dos Espíritos.

"Chamam-se assim às pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos por uma impressão vaga, por uma espécie de leve roçadura sobre todos os seus membros, sensação que elas não podem explicar. Esta variedade não apresenta caráter bem definido.

Todos os médiuns são necessariamente impressionáveis, sendo assim a impressionabilidade mais uma qualidade geral do que especial. É a faculdade rudimentar indispensável ao desenvolvimento de todas as outras."

Iremos estudar neste pequeno artigo sobre os médiuns sensitivos, também conhecidos como médiuns impressionáveis, e teremos por base, a segunda obra de Allan Kardec, "O Livro do Médiuns", estudando o capítulo 14  - Dos Médiuns, precisamente o segundo item intitulado por "Médiuns Sensitivos ou Impressionáveis".

Sabemos que há outras obras espíritas que abordam o tema, no entanto, a obra de Kardec será o nosso guia aqui.

Antes de abordamos o tema, é necessário que diferenciemos o termo impressionáveis em dois diferentes tipos, pois normalmente uma pessoa impressionável é aquela que vê algo e se assusta ou sente naquilo um absurdo, porém, na mediunidade o termo impressionável quer dizer sensibilidade ou acuidade perceptiva da pessoa em relação a uma aproximação espiritual.

"Difere da impressionabilidade puramente física e nervosa, com a qual preciso é não seja confundida, porquanto, pessoas há que não têm nervos delicados e que sentem mais ou menos o efeito da presença dos Espíritos, do mesmo modo que outras, muito irritáveis, absolutamente não os pressentem."

Os médiuns sensitivos conseguem perceber a presença ou a aproximação espiritual através de impressões vagas ou mais distintas, dependendo do seu grau de sensibilidade e de sua moral. Muitas impressões podem ocorrer por uma sensação física ou por um pensamento emitido através de energias ou recursos fluídicos que o Espírito emana com ou sem o seu consentimento.

De modo geral, um médium sente a presença espiritual devido ao seu raio de atuação fluídica, ou seja, quando estamos em um local, a energia atuante no lugar muda a sua frequência vibracional e faz com que o sensitivo perceba essa alteração e comece a receber essa influência vibratória.

 Quanto mais educação moral tiver o médium mais sensibilidade ele possui, já quando irritado, a sua sensibilidade, em alguns casos, é nula, ou menos perceptiva. Então, podemos entender que a influência moral do médium é o recurso determinante do grau de sensibilidade e impressão do mesmo em relação aos Espíritos.

Leia: Artigo Responsabilidade do Médium

Leia: Artigo Influência Moral do Médium

"Esta faculdade se desenvolve pelo hábito e pode adquirir tal sutileza, que aquele que a possui reconhece, pela impressão que experimenta, não só a natureza, boa ou má, do Espírito que lhe está ao lado, mas até a sua individualidade, como o cego reconhece, por um certo não sei quê, a aproximação de tal ou tal pessoa. Torna-se, com relação aos Espíritos, verdadeiro sensitivo.

Um bom Espírito produz sempre uma impressão suave e agradável; a de um mau Espírito, ao contrário, é penosa, angustiosa, desagradável. Há como que um cheiro de impureza."

Para ampliarmos um pouco mais o estudo, mas que vem ao encontro do tema, citamos superficialmente algumas das sensações físicas, tais como: sensação de bem ou mal estar sem motivo, arrepio sem motivo, medo sem motivo, angústia sem motivo, felicidade sem motivo, choro sem motivo, dores sem motivo aparente, entre outros, são todas sensações temporárias e que brotam sem um motivo aparente ou forçado por fatos que impressione o seu Ser.

Quando contam para você uma história ou estória sobre algum fato ou alguém, e você se arrepiada ou sente um frio na espinha, ou um peso da cabeça, etc... isso não quer dizer que há um Espírito próximo de você, isto são impressões físicas que você produz ou capta das energias emitidas por quem estar a contar ou comentar a história ou estória.